Então, começando em 3... 2... 1!
Desde o início, você começa a perceber que este livro não é comum. Que não é igual a todos aqueles que você está acostumado a ver por aí. Ele traz uma proposta um tanto inusitada.
Vários livros são certinhos, diagramados, com início, meio e fim, com números nas páginas e toda aquela coisa de cuide bem de mim. Este livro pede o contrário. Diz para você destruí-lo. Sim, isso mesmo. Você ouviu bem: D-E-S-T-R-U-Í--L-O!
Pede para que acabe com a capa, as orelhas, as páginas, todo ele. Porém não é algo tão simples com pegá-lo e tacá-lo no fogo ou qualquer outra tentativa homicida. Você precisa ser criativo. Seguir as instruções na ordem que quiser. Mas tem que segui-las, mesmo que pareça bobagem ou loucura. E se não conseguir, passar para outra pessoa que poça. Ah, e você também pode criar algumas instruções.
Acredito que é como uma critica a sociedade moderna que monta aquele padrão certinho de vida a ser seguido a risca. Em que você não relaxa, por estar preso a regularidades. Em que para de criar novidades e imaginar impossibilidades por achar que tudo deve ser perfeito.
Destrua este Diário é um desafio aos perfeccionistas de plantão (como yo), aos malucos (no bom sentido) que querem mais diversão e aos que simplesmente são simples. Como a própria autora diz: é como um livro da sua memória, o qual você rabiscou, desconfigurou um pouco (ela não diz exatamente isso).
De "Faça um copinho com a página." à "Suba alto. Deixe o diário cair.", você vê que tudo não é tradicional. Você não lê uma história em si, você vai guardando partes da sua história e de você dentro do livro. E, ao mesmo tempo, vai se divertindo e criando.
Ao destruir o diário, você ajuda a construir partes boas suas que não sabia que existia. Vai descobrindo a arte de ser ousado e de ser mais feliz por isso.
É engraçado quando você compartilha essa sua nova experiência com amigos ou pessoas curiosas. Depois, que passa o momento de curiosidade e estranheza, eles começam a entender a ideia e querem esculhambar com o diário também. Essa é uma das partes mais legais que Keri Smith proporciona para as pessoas. Bem, ainda não vi a parte ruim (quem se importa de os outros acharem que você pirou um pouquinho? Se acham, é porque não compreendem). A não ser que despertar a parte mais maluca e divertida em você seja ruim.
Para quem ficou curioso, aqui tem mais algumas páginas do livro:
Gostaram do livro? Comentem aí embaixo suas opiniões. Elas são importantes, sabiam?
E pra quem quiser saber comprar, existem lojas online que o vendem (como saraiva, submarino, extra etc), porém não é tão difícil achá-lo em livrarias físicas.
Obrigado por lerem! Beijos e até a próxima pessoal! (Nossa isso tá parecendo final de programa infantil, não?)